João
não valida João. Maria não valida Maria. Mas João valida Maria - e vice-versa. Ou
seja: mesmo sabendo, João precisa ouvir de Maria que ele tem valor, que é um
homem capaz, que é bonito, eficiente, etc. e tal.
Então
somos todos inseguros? Sim; sem exceção. Precisamos ser legitimados, aprovados
constantemente pelo outro – pai, mãe, irmão, namorado, amigo. Mesmo o
profissional mais competente, a mãe mais dedicada, o irmão mais companheiro, o
ator mais famoso, a mulher mais bonita; todos, indistintamente, precisam ser
validados, reconhecidos e justificados constantemente.
A
validação é um processo decorrente da nossa relação com o outro. E auto
validação não existe. Nossa segurança vem do outro; assim como a do outro
depende de nós. Simples, óbvio e...complicado assim, já que vivemos num mundo
onde predomina a competição, o consumismo e o poder. Onde não cabe reconhecer
que somos dependentes do outro, sob pena de sermos tachados como fracos. E, justamente
por falta de validação, cresce a dominação e o poder a qualquer preço. Caímos “na
cilada” de acreditar que precisamos ter poder para sermos legitimados.
Uma
pena, pois tudo seria muito mais fácil se aceitássemos que somos fortes e
fracos, corajosos e inseguros, por vezes egoístas, frágeis, feios. Enfim;
completos na nossa incompletude. Dependentes
dos outros; humanos.
Validar
alguém é dizer “eu te amo”´, “Gosto de você”. “Você é importante pra mim”. “Você
é capaz”. Outras vezes basta um abraço, um elogio, um sorriso. Atitudes simples
que justificam uma vida, dando-lhe significado e valor. É gostar de alguém pelo
que ele é e fazê-lo saber disso. Um simples exercício que, se praticado
rotineiramente com quem está próximo de nós, na nossa vida cotidiana,
contribuiria para um mundo menos inseguro e melhor.
Então
não espere mais: Valide alguém hoje; por mais inseguro que você se sinta agora!
Vanda
Souto – Junho/13.
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